quinta-feira, 6 de março de 2008

CRISE COLÔMBIA VENEZUELA EQUADOR - SEGUNDAS INTENÇÕES

Uma violação premeditada de soberania nacional.
Uma demonstração de indignação belicosa e pró "Farc".
Uma oportunidade de ouro para "Chaves" eructar sua loucura bélico-bolivariana.

Após a invasão proposital e premeditada do território equatoriano para matar o "nº 2" das Farc, confessada pelo próprio governo colombiano, O presidente Corrêa demonstrou toda sua indignação e repulsa ao ato do fronteiriço país. O procedimento para incidentes como este é claro, denuncia-se à O.E.A. o fato ocorrido e aguarda-se. Geralmente é anunciada a posição da organização e providências são tomadas em caráter punitivo, visando a não repetição do erro. A diplomacia brasileira teve um problema de invasões reiteradas de seu território durante o governo de F.H.C.. Luís Felipe Lampreia usou "pulso firme" e avisou "franzindo o cenho" que aquele ato não poderia repetir-se de maneira nenhuma. Resultado: Pedido formal de desculpas e nunca mais houve reincidência. Não houve necessidade sequer de destravar um fuzil.

Mas Hugo Chaves não é homem de perder oportunidades. Vendo sua imagem derreter aos olhos de seu povo, usou o mais velho ardil de todos os tempos. Arranjou um "inimigo externo". Encheu as algibeiras de petrodólares e abasteceu seus tanques, deslocando-os à fronteira colombiana. Está às portas da Colômbia rugindo como um leão desdentado. Suas presas não causam danos. Chaves comprou da Rússia uma duzia de caças sukoy 30 moderníssimos, mas não tem pilotos capacitados tecnicamente para pilotá-los. Há quem diga que agora os Caças russos voam em marcha à ré. Passando da "força" aérea venezuelana para o exército a situação não é menos ruim. Tem muitos soldados e alguns até moderadamente treinados para combate na selva. Os fuzis de assalto são dos mais modernos do mundo AK101 Kalashnikov, munição para atirar sem parar por meses, mas a Venezuela não tem COMIDA para alimentar seus soldados num possível “front“de batalha. É coisa de terceiro mundo mesmo.

Corrêa por sua vez pegou o primeiro avião com destino a felicidade e está mostrando a todos os presidentes da América Latina, a cicatriz em seu território. Na verdade, passando o pires da piedade e dó.

Enquanto isso, sobre o salto alto, presidente colombiano, Álvaro Uribe, apoiado na muleta mais forte do planeta, os Estados Unidos, diz que o pedido de desculpas contém condicionantes. Pede-se desculpa mas deixa-se claro que isso não muda o fato de que evidentemente, tanto Corrêa quanto Chaves mantém relacionamento espúrio com a narco-guerrilha Farc, inclusive podendo provar o alegado por meio dos computadores e documentos encontrados com os guerrilheiros de pijamas e cuecas. Os Estados Unidos já manifestaram total e irrestrito apoio à Colômbia. Isso significa que nas entrelinhas, poderiam, em caso de conflito armado, desembarcar na Colômbia um divisão de Marines, pronta para a guerra e que um Porta aviões americano poderia fundear nas proximidades e enviar 70 caças moderníssimos, com pilotos capacitados e aptos a acertar seus mísseis em qualquer alvo com pelo menos 30 cm de diâmetro.

O melhor a fazer é todos os dois países recomporem-se e resumirem-se à sua insignificância e aguardarem suas diplomacias resolverem o caso. Conquanto ao Coronel Caudilho, deveria senão abdicar de seu trono balístico, pelo menos brindar a América Latina com sua ausência.

O Brasil não pode deixar escapar a oportunidade de despontar como líder na América do Sul, trabalhando para o fim das divergências, deixando o Itamaraty trabalhar e deixando o Presidente Lula e o Marco Aurélio Garcia o mais distante possível desta situação que não admite bravatas (especialidade do Lula) e "top-Tops" (especialidade de Garcia). Agora o assunto é pra especialistas e não "miguxos do poder".

Quanto a possibilidade de guerra, remotíssima. todos sabem que não agüentariam uma campanha. Ultrapassados e infrutíferos os esforços para manutenção da paz, devemos lembrar que para evitar invasões ou incursões em nosso território, naquela região, temos o General. Augusto Heleno, que foi comandante da Força de paz da ONU no Haiti. Homem experiente, sabe que temos a melhor força de comandos de combate em ambiente de selva amazônica do mundo. Muitos de nossos soldados que atuam nas fronteiras da Amazônia têm ascendência indígena e andam pela floresta como se houvesse pavimentação e sinalização.

No caso de guerra, o Brasil não deve postar-se ao lado de nenhuma das partes, mas sim, montar em suas bordas, centros para recepção de refugiados, apuração de documentação e entrega de auxílio com alimentação, remédios e roupas, quase como uma missão humanitária.
Thats all folks

Um comentário:

desabafo de mente disse...

É a festa da banana! São duas ou três "republiquetas das bananas", que não passa de um apelido antigo para essas incubadoras de ditaduras que se autoproclamina-se repúblicas, envolvidas numa picuinha doméstica...
É, talvez seja isso, nada muito perigoso. Obviamente, só um insano poderia perder alguma noite de sono imaginando algum ataque fulminante da parte da venezuela contra o Brasil.
Mas beira a ingenuidade achar que os americanos com seus equipamentos ultra-eficazes iriam desbaratar com facilidade um conflito do gênero.
Americanos não gostam muito de planta, deve ser por isso que não assinaram o Protocolo de Kyoto...
Brimcadeiras à parte, selvas são locais extremamente traiçoeiros, mesmo para os nativos, imagina para um gringo que vive em uma cidade de clima relativamente ameno.
Não se esqueçam que esses gringos não teriam para onde mirar seus modernissimos equipamentos. O suor dos quarenta ou mais graus turvariam as vistas, o equipamento afetado pela temperatura e pela umidade, isso se não estiver delirando por alguma peste tropical para a qual não tem resistencia, e. para piorar, seu adversário sente-se confortável a tal temperatura e umidade, conhece cada buraco da mata e é resistente aos males tropicais.
Também é lógico que muita água já rolou desde que os americanos foram corridos do Vietnã. Provavelmente não ocorreria uma derrota tão vexaminosa, mas não seria vitória fácil.
Quanto ao Brasil, melhor seria entrar somente se atacado. EWsse négócio de ser anjo da guarda ou babá de ditadorezinhos não nos cai bem