terça-feira, 10 de novembro de 2009

UNI - TALE - BAN



Tenho acompanhado o desenrolar da história da "madrassa taleban" Uniban, desde o dia seguinte aos acontecimentos. Em minha opinião, estamos frente a três problemas que podem transformar-se, de sérios à preocupantes em questão de poucos anos.

1 - Esqueçamos por um minuto a inadequação da vestimenta da jovem, que se tornou uma espécie de "GENI do século XXI", que realmente me parece inadequada ao ambiente, quase um atentado ao bom gosto. Pensemos na massa de manobra formada por universitários. Fala-se em 700 acadêmicos muito perto de partir às vias de fato contra a moça. Vimos que os níveis de intolerância beiram o radicalismo islâmico em sua pior forma. Vejo que este movimento deve ter iniciado por uma ou duas vozes que incitavam o "rebanho". Pouco precisou para tornar-se um grito de guerra contra "tamanho despudor". Isso amedronta, pois pode ser um demonstrativo de que essa massa acéfala pode ser conduzida a atrocidades jamais imaginadas.

2 - Doutro lado, vê-se uma diretoria,que é a maior de todas as bestas-feras, pois ratificou o ato escabroso e puniu exemplarmente a VÍTIMA. O problema ainda maior é o teor da NOTA da Uniban, falando em princípios morais "à La T.F.P." É preciso recordar que este "batalhão" da moral e dos bons costumes é recheado de aberrações as mais diversas e de tarados de todo gênero. Não sei como não apareceu o tal Reitor Heitor com a típica estola vermelha...

3 - Para finalizar esse texto batido, chato e longo, preocupa-me o humor com que se tem tratado em toda a midia em todas as suas modalidades, o caso em tela. Não é admissível em pleno século XXI uma barbárie dessas, corroborada por uma atitude como a tomada pela faculdade, que covardemente voltou atrás e provavelmente dirá que reviu seus conceitos e não acovardou-se. Não é admissível que jovens recém saídos da adolescência hajam como agiriam seus tetravôs. É inadmissível que o discurso da moral e dos bons costumes continue existindo e sendo repetido como mantra por vozes novas-velhas e preconceituosas. Esperemos que atitudes sérias sejam tomadas em face de toda essa horda de imbecís e principalmente, contra o Heitor Reitor, que parece personagem de "O nome da Rosa". É necessário lembrar que a universidade particular faz uma espécie de função delegada do estado, logo, pode-se por ilação pensar que o estado brasileiro pensa da mesma maneira, se não punir exemplarmente o(s) CULPADO(S).

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